Como me preparei para trabalhar na Cubos e o que aprendi no processo

Nesse artigo que originalmente foi publicado no Blog da Cubos, compartilho com vocês meu processo de preparação para trabalhar nessa empresa e os aprendizados que tive ao longo do caminho. Acompanhe!

Ilda Neta, desenvolvedora front-end

Atuando na área de tecnologia há quase seis anos, chegou um momento em que tive que refletir sobre meu momento profissional. Creio que passaremos por isso pelo menos uma vez na vida. E quando esse momento chegou, tive que tomar uma grande decisão, onde me encontrava com a seguinte dúvida: deixaria de ser da área de tecnologia ou estudaria para aprender tudo novamente do zero para me tornar uma programadora?

Por vários fatores, dentre eles a grande quantidade de oportunidades na área de programação, decidi que agora seria o meu momento de ser o que sempre quis: uma programadora!

Passados 10 meses intensos de estudos, senti que estava preparada para dar um passo a mais em minha carreira e ir em busca da empresa desejada. Por não ser de Salvador, não conhecia pessoas que poderiam me indicar e não conhecia empresas. Com isso, minha busca deveria ser totalmente do zero, tendo ainda como missão encontrar uma empresa em que eu pudesse me sentir feliz em desenvolver o melhor que poderia haver em mim, como pessoa e como profissional.

Creio que essa é uma das decisões mais importantes que devemos tomar e às vezes, por certas circunstâncias, escolhemos uma empresa que nem sempre está no nível que desejaríamos estar, que é uma empresa onde estamos em comum acordo ao fit cultural.

Nesse processo, tive vários aprendizados, nos quais percebi ao longo do caminho que entrevistas de emprego e a busca por uma empresa digna são aperfeiçoadas com o tempo e a prática. Com isso, irei listar alguns aprendizados que tive ao longo desse processo e espero poder te ajudar nessa caminhada.

1. O network é muito importante

Houve um tempo no qual nós programadores e pessoas de tecnologia em geral éramos vistos como anti sociais ou pessoas que não tinham, digamos, “o dom da comunicação”. Porém, por já ter trabalhado quase quatro anos na área de processos, onde diariamente lidava com o cliente para realizar levantamento de requisitos ou dar treinamentos, aprendi que me comunicar e saber me comunicar de forma clara e efetiva era algo essencial.

Com isso, aprendi que o networking (capacidade de criar relacionamentos interpessoais ou trabalhar sua rede de contatos) era de suma importância. Foi um contato com um agora colega de trabalho que me abriu as portas para estar na Cubos hoje.

Esse amigo passou no processo seletivo da Cubos para desenvolvedor júnior front-end e a partir disso comecei a conhecer um pouco mais da empresa por meio dos relatos dele. Se não fosse esse networking realizado, talvez eu não tivesse descoberto essa empresa tão fantástica.

2. Estudar a empresa que você quer trabalhar

Então, após descobrir uma possível empresa que poderia me dar toda a experiência necessária e ainda por cima me proporcionar um ótimo ambiente laboral (visto que passamos, às vezes, mais de 10h diárias nesse local), comecei a estudar como era essa empresa.

A Cubos é bem ativa em suas redes sociais, então não perdi a oportunidade e comecei a seguí-los no LinkedIn. Acompanhava-os diariamente, a ponto de saber até o horário em que comumente as postagens eram realizadas.

A partir disso, comecei a saber como era o fit cultural da empresa, quais frentes de negócio eles seguiam, os valores que a empresa possuía e até os valores que eram mais absorvidos pelos colaboradores. Dentre os valores da empresa, o que mais me chamou a atenção foi: ser um hub de conhecimentos (mais para frente irei explicar esse termo).

3. Estudar muito e deixar com que seus esforços sejam perceptíveis

Nós programadores temos a oportunidade de possuirmos experiência sem necessariamente estarmos trabalhando em uma empresa. Mas como isso funciona?

Os cursos que geralmente fazemos sempre têm um projetinho no final, projetos esses que às vezes podem passar como bobos para nós, mas que é de suma importância deixá-los visíveis em nosso Github, que é uma plataforma open source, gratuita e que serve como um grande portfólio para nós desenvolvedores.

Com certeza é muito satisfatório para uma empresa entrar em nosso Github e conseguir visualizar como estamos nos empenhando, treinando nosso código e adquirindo mais conhecimento, mesmo que no começo não saibamos muito. Demonstrar que queremos aprender e que estamos nos empenhando para isso pode ser mais importante do que propriamente estar dominando com eficácia a parte técnica.

Uma boa dica é colocar Readmes em nossos repositórios no Github, pois assim outros(as) desenvolvedores(as)/empresas poderão saber um pouco mais sobre aquele projetinho que estamos desenvolvendo.

4. Ser notado(a) pela comunidade

Como diz o ditado, “quem não é visto não é lembrado”. Pois bem, ele é muito verídico. Antes de decidir ser uma programadora, eu não conseguia enxergar o valor que existia em estar por dentro do que ocorre na comunidade de tecnologia, talvez por achar que apenas programadores se beneficiariam com esses eventos. Porém, eu estava muito equivocada.

Nossa comunidade é grandiosa, tanto em tamanho quanto em sabedoria e conhecimentos compartilhados. Estar em eventos, meetups e palestras é muito importante, tanto para você conhecer outras pessoas como para adquirir conhecimento e saber um pouco mais sobre as novas tecnologias que surgem todos os anos.

E, caso você se sinta à vontade, exponha seus pensamentos e opiniões, palestre, escreva artigos para a comunidade, pois quando compartilhamos o que sabemos, aprendemos novamente, além de nos tornarmos mais visíveis para que as empresas também nos conheçam.

Com os passos acima sendo realizados, com certeza você estará mais preparado(a) para se candidatar à vaga tão desejada. Assim o fiz, me preparei, estudei, participei de eventos e acreditava que era o momento de me lançar na empresa que tanto queria conquistar: a Cubos.

Diariamente, também observava as vagas que eram postadas no portal de vagas da empresa, até que minha possível vaga de front-end foi aberta.

Ao me candidatar, pude visualizar um roadmap de etapas para conquistar a vaga, dentre elas: análise de currículo (LinkedIn e Github), desafio de lógica, dinâmica de grupo, entrevista técnica e, por fim, o resultado.

Não sei se foi perceptível até o momento, mas tudo em nossa vida vem por meio dos esforços e dedicação que colocamos sobre o objetivo que desejamos alcançar e com uma vaga de emprego devemos possuir o mesmo empenho.

Após ver todas as etapas que deveria passar, novamente fui aos estudos e busquei no YouTube vídeos de entrevistas de emprego, dinâmicas de grupo e testes técnicos, pois o meu objetivo era ser contratada em uma empresa que eu pudesse me identificar. A empresa eu já havia encontrado, então nesse momento precisaria me dedicar ainda mais para alcançar a vaga desejada.

O processo seletivo que passei foi bem extenso e com muitos desenvolvedores(as) concorrendo. Na fase final, haviam 10 selecionados para a dinâmica de grupo e a partir dali haveria mais uma seleção para a entrevista final (entrevista técnica com o líder da minha futura equipe).

Nessa fase da dinâmica, fui a única mulher que chegou à essa etapa, na qual há um misto de sentimentos: o medo de não alcançar o que tanto almejava x desenvolvedores que pareciam ser muito mais competentes que a mim no sentido técnico. Porém, o fato de ter estudado e me preparado para aquele momento me confortaram.

Com meus estudos e preparação, pude demonstrar que eu conhecia a empresa, sabia de seus valores e projetos, como era o ambiente vivido pelos colaboradores e pude mostrar ainda que apesar de não ter todo o conhecimento técnico que talvez fosse necessário naquele momento, eu possuía a vontade de aprender e compartilhar os conhecimentos que adquiri ao longo de outras vivências laborais e pessoais.

Então, é muito importante estarmos preparados(as) para os acontecimentos de nossa vida, principalmente decisões que nos afetarão de forma tão direta como, por exemplo, escolher nosso futuro local de trabalho. É importante sabermos o que aquela empresa espera de seus futuros colaboradores e o que podemos esperar também por parte da empresa.

E bom, a cada dia que passa eu vejo que sou muito feliz por ter escolhido a Cubos, pois estou em uma empresa que se denomina um Hub de Conhecimento (que é o fato de querer aprender todos os dias e compartilhar o conhecimento adquirido), se preocupa com seus colaboradores nos mínimos detalhes, promove o bem estar e a felicidade laboral que muitas vezes não é tão visível em outras companhias, mas que aqui possuímos e que fazem com que tenhamos ainda mais amor por tudo que criamos e desenvolvemos.

Então se você deseja estar aqui na Cubos ou em outra empresa que faz seu coração bater mais forte, se prepare, dê o seu melhor, pois eu tenho certeza que você conseguirá alcançar sua vaga tão desejada e ainda terá um ambiente laboral que te fará sentir integrado com os valores da empresa e seus valores pessoais.

Espero que tenha gostado das dicas! O que você está fazendo para conquistar a vaga que sempre desejou?

Comentários