02 de dezembro de 2019 • 3 min de leitura
Minha primeira palestra em um Festival de Tecnologia para Mulheres
Experiência maravilhosa ocorrida no FEMTEC BA (Festival Baiano de Mulheres na Tecnologia).
Sempre tive uma vontade grandiosa de participar de eventos de tecnologia, me sentir mais engajada na comunidade, porém estava passando por uma fase na qual quase desisti de atuar na área, por n fatores, mas que posso contar em melhores detalhes em outro artigo (caso desejem).
Sou recém moradora de Salvador, sendo assim, ainda conheço e me relaciono com poucas pessoas daqui, porém, por ser aluna do bootcamp da Rocketseat, descobri na comunidade que eles seriam apoiadores desse evento e a partir de então conheci o FEMTEC.
Ao visitar o site do FEMTEC pela primeira vez, vi que existia a possibilidade de submeter uma palestra e caso a mesma fosse aprovada, palestraria no evento; porém, esse era o último dia possível para realizar a submissão do temário da palestra.
Senti então muitas dúvidas: mando ou não uma proposta de apresentação? Qual tema? Será que serei bem recebida pela comunidade? Será que elas gostarão da minha palestra? Será que falarei bem? OMG !
Como bem decidida que sou, superei minhas dúvidas, montei um índice da palestra em 15 minutos, revisei e enviei! Passados então 3 dias recebi a resposta de aprovação do tema da palestra que era: De Estagiária B.I. a ministrante de testes na Rede Globo. Como lutar contra o complexo de inferioridade e conseguirmos atingir nossos objetivos!
Foi um misto de sentimentos, pois nunca havia estado em nenhum evento de tecnologia e principalmente em um que era focado para mulheres e grupos minoritários na computação.
Resolvi contar um pouco da minha experiência na área, pois apesar de possuir 23 anos já atuo na área desde os 18, contabilizando então mais de 5 anos de atuação na área de tecnologia, onde já passei pela área de levantamento e desenvolvimento de requisitos, realização de testes, implantação remota e presencial em clientes (onde estive presencialmente em grandes clientes como a Rede Globo e na sede do Carrefour em São Paulo), suporte e meu planejamento para mudança de área, pois na época do evento estava realizando um processo de seleção para atuar como desenvolvedora front-end (consegui ser selecionada e atuar como front-end, mas isso é assunto para outro post).
Como era um evento focado em mulheres e LGBTQIAP+, achei que seria interessante falar também sobre como podemos lutar contra o Complexo de Inferioridade, onde nós mulheres e minorias somos as maiores atingidas por esse complexo, fazendo-nos duvidar de nossa própria capacidade e ainda pior, é um complexo que nos faz sentir que somos inferiores aos que estão ao nosso redor.
Com certeza foi uma das maiores e melhores experiências da minha vida, onde aprendi, ensinei e cresci muito. Tinham várias mulheres de todas as idades que estavam ali em busca de ajuda, aprendizado, amizade e aquela forcinha a mais para entrar em uma área muito desafiadora e, que apesar de termos como primeira programadora da história uma mulher, ainda somos minoria.
Pude compartilhar como iniciei minha carreira na área de TI, minhas dificuldades, aprendizados, a decisão de mudar e me tornar uma programadora, como ter mais foco, propósitos, como vencer o complexo de inferioridade e, por fim dicas para que elas pudessem sempre estar em contato com a comunidade, seja com podcasts, artigos, eventos, e pude compartilhar também a história de Ada Lovelace, a primeira programadora da história.
A história de Ada com certeza me fascina, e futuramente dedicarei um artigo a ela, uma mulher forte, inteligente, muito a frente de sua época e acima de tudo, uma mulher matemática que aos poucos está sendo reconhecida pelo seu enorme legado na área de exatas e principalmente na computação.
Esse evento foi mágico e único, além de me fazer entender o quão grandiosa a comunidade de tecnologia é e o quanto nos agrega participar desses eventos.
Espero que tenham gostado, pois esse também é meu primeiro artigo.
Adoro receber feedbacks, então por favor, me dê o seu e me diga o que posso melhorar.
PS.: O site que utilizei para criar os slides é o slidebean e ele é simplesmente maravilhoso, pois é possível inserir músicas, vídeos, gifs e imagens, além de ser super intuitivo.
Por fim, pretendo ao fim de cada artigo deixar uma música para que vocês possam conhecer, pois adoro músicas de uma forma geral, e cada uma tem um significado especial pra mim.
A música de hoje será a I’m Still Here — Sia que além de ser uma das minhas cantoras favoritas, essa música em especial fala sobre como nosso passado pode nos assombrar e que temos que lutar constantemente para sermos fortes e vencê-lo.
Espero que tenha gostado e até o próximo!