O que meu EU de agora diria ao meu EU de 7 anos atrás

Um pequeno compilado de conselhos que daria a mim mesma há 7 anos atrás.

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Hoje dia 25 de dezembro é comemorado o Natal em todo o mundo, onde ele pode adotar várias nomenclaturas, mas mantém a essência de seu significado, o nascimento (de acordo com o cristianismo, o nascimento de Jesus).

Pensando sobre esse significado, refleti sobre o nascimento, ou renascimento, e se pudesse voltar no tempo, eu me daria alguns conselhos que já seriam de grande valia.

Há 7 anos atrás, no final de 2012, havia terminado o ensino médio e passado no vestibular para cursar Sistemas de Informação, com 16 anos, sendo assim, aquela certa imaturidade poderia deixar passar algumas oportunidades ao longo do tempo.

Mas que talvez com esses conselhos, teria tido escolhas mais sábias.
E então, vamos a eles?!

1. Se importar menos com as opiniões alheias

Pode parecer um conselho meio rebelde, porém é essencial saber filtrar as opiniões alheias em sua vida.

Quando você é mulher, está com seus 16 anos e decidida a cursar exatas, onde predominantemente 90% dos alunos serão homens e você poderá ser a única mulher da turma, já soa bastante desafiador, e se torna ainda mais quando as pessoas ao seu redor decidem dizer que você não se encaixará no curso, ou que Tecnologia é coisa para homens e (nerds), ou que você não será uma profissional bem sucedida, apenas por não estar em cursos que eram parte do hype acadêmico, como direito, medicina e engenharia civil.

Mas segui minha razão nesse momento e resolvi optar por um curso que estava sendo indicado como uma das 10 carreiras mais promissoras para o futuro, indo contrária a todas as opiniões negativas que recebi, e bom, colhendo hoje o fruto de ser na minha opinião uma das melhores áreas em que uma pessoa pode estar, com ótimas oportunidades, com empresas que querem fazer a diferença na vida laboral dos colaboradores, e acima de tudo, com a mudança de paradigma, em que hoje é muito discutido como aumentar a partição das mulheres em carreiras de tecnologia, engenharias…

2. Estudar muito

Sempre tive uma certa facilidade em aprender, com isso eu não sentia necessidade de ficar estudando para provas, porque sabia que o mínimo para passar seria de certa forma ‘fácil’ de conseguir, então não necessitava me esforçar para tirar um 10, pois o 6 ou 7 sem grandes esforços já eram válidos.

Porém, fui perdendo o hábito de estudar ao longo do tempo, e percebi que estive equivocada durante muitos anos.

Estar na área de TI é muito mais do que apenas gostar de tecnologia, você tem que AMAR estudar, aprender constantemente, se manter atualizado(a) e estar por dentro do que ocorre ao seu redor.

Então com certeza um dos maiores conselhos que eu daria a mim mesma é: estude o máximo que puder, faça dos seus estudos algo divertido, sem monotonia, e busque aprender sempre mais sobre qualquer coisa, sobre comidas, política, assuntos comportamentais…

3. Construir planos, objetivos e ser dono(a) do seu próprio destino

Durante muito tempo eu acreditava que o destino era como uma sorte, algo que poderia acontecer sem que eu planejasse e seria em sua maioria coisas boas.

Em minha fase de construção do amadurecimento, cheguei a conclusão de que o destino do qual sempre falamos, é a junção de todas as pequenas decisões que tomamos ao longo da vida.

Por exemplo, se escolho um curso que não me dará grandes chances de estar no mercado laboral, ou se, ao longo dos anos não fui uma pessoa muito estruturada com meu dinheiro, gastei muito sem discernimento, com certeza meu ‘destino’ não será tão promissor.

Então aprendi que a vida é regida de acordo com o que planejamos, e se não fazemos isso, seremos guiados através dos acontecimentos cotidianos e iremos acabar como na música de Zeca Pagodinho, deixando a vida nos levar.

4. Cuide do seu dinheiro

Quando decidi me casar, aprendi com meu marido que o dinheiro diz muito sobre o tipo de vida que podemos construir, principalmente estando a dois e querendo planejar a construção de uma vida plena em conjunto.

Estamos em um mundo capitalista, onde tudo gira em torno do dinheiro, onde precisamos dele para nos alimentar, para pagar nossa saúde, nossa locomoção, ou seja, ele tem o poder de nos gerar uma maior qualidade de vida.

Trabalho desde os 18 anos, e ganhava um ótimo salário para essa idade, porém me faltou a educação financeira, essa na qual acredito que deveríamos ter desde crianças, e devido a essa falta, não soube poupar meu dinheiro e meus esforços, pois se você o guarda, ou aproveita-o de forma sábia, você está guardando também o tempo que foi gasto para consegui-lo.

O dinheiro quando utilizado de forma sábia nos gera liberdade.
Liberdade para escolher uma empresa melhor para estar durante 10 horas do seu dia, liberdade para viajar e poder desfrutar de experiências que estarão com você para sempre, liberdade para poder investir mais em você e ter mais tempo para estar com quem você ama.

Com certeza ter uma melhor mentalidade sobre meu dinheiro hoje me faz ser uma pessoa mais rica em conhecimento e sabedoria, o que eu não tinha há alguns anos.

5. Cuidado com as redes sociais

Nascer em uma época tão moderna tem seus contratempos, e um deles é a facilidade que as redes sociais têm de nos prender a elas.

Quando tinha meus 13 anos já tinha a facilidade de lidar com as redes, como MSN, Orkut, Facebook, então fui entrando na fase adulta as tendo como algo parte do dia-a-dia da minha geração.

Porém hoje temos muitas e cada vez surgirão outras redes sociais, com um único objetivo, ter seu tempo.

Sou uma leitora ávida de Leandro Ávila, um grande investidor que dedica seu tempo a escrever livros e artigos sobre investimentos, e de como ter uma vida equilibrada e satisfatória. Com ele aprendi que somos ricos de uma coisa que é muito valiosa, e que as vezes passamos a vida toda sem dar o devido valor a esse ativo preciosíssimo, o TEMPO.

Quando nascemos a ampulheta da nossa vida é girada e cada grão de areia que cai é um tempo de vida a menos, é um ativo que quanto mais dias passam, menos teremos e cada vez é mais fácil de perdê-lo.

Porque hoje as publicidades estão cada vez melhores? Porque será que temos tantas séries, jogos, filmes e redes sociais tão atrativas? Tudo para que você deposite seu tempo nelas, e cada tempo a mais que você gasta com essas atividades, menos sobra para outras.

De acordo com essa reportagem da Época Negócios, o Brasil está em 2º lugar no hanking mundial de países que passam mais tempo em redes sociais, onde em média as pessoas passam quase 4 horas diárias conectados em redes sociais.

Fazendo um cálculo básico, onde passamos em média de 8h a 10h diárias em nosso ambiente laboral + 1h de deslocamento + 7h que são o recomendado para que tenhamos uma boa noite de sono + 4h em redes sociais, nos sobraria em média 4 horas para fazermos outras atividades, como por exemplo estudar, nos dedicarmos aos afazeres domésticos e as pessoas que amamos, ou seja, quase impossível fazermos tudo isso se dedicarmos tanto tempo para estarmos online.

Desde que saí do mundo online, pude notar grandes mudanças em minha vida, como por exemplo: menos ansiedade, dedico mais tempo aos meus estudos e leitura, consigo realizar meus afazeres domésticos e ainda ter um tempo livre, consigo dormir bem e me sentir disposta para o dia-a-dia, o contrário que faria antes, onde constantemente compartilhava minha intimidade e vida pessoal.

6. Adotar o estilo de vida minimalista

O minimalismo trouxe para mim um estilo de vida em forma de simplicidade.
Ele me ensinou que mesmo estando sob forte influência capitalista, teria sim uma forma de ser diferente, de pensar diferente e ainda por cima, cuidar melhor do meu dinheiro.

O minimalismo veio de um movimento cultural dos anos 60, onde os artistas procuravam expressar sua arte através de formas mais sutis, menos cores e acabamentos mais precisos, ou seja, o menos se transformou em mais.

Steve Jobs utilizou do conceito minimalista ao criar a cultura da Apple.

Através do minimalismo, descobri que menos é mais, que possuir experiências de vida seria mais valioso que possuir apenas bens materiais, que poderia possuir menos objetos com mais qualidade, e acima de tudo, realizar as coisas de forma consciente e não por impulso, sem me deixar levar pelo desespero capitalista imediatista.

7. Ser responsável por minhas escolhas

As vezes quando se é jovem é comum que não tenhamos esse pensamento, e acabamos culpando todos ao nosso redor, menos a nós mesmos, e isso ocorre devido a falta de responsabilidade por nossas escolhas.

Aprendi que sou responsável pelo que ocorra em minha vida, seja algo bom ou ruim.

Então juntando esse senso de responsabilidade + o planejamento, pude notar que as chances de ocorrerem melhores resultados na minha vida dependiam unicamente e exclusivamente dos meus atos.

Hoje me acho mais consciente das escolhas que faço, não sendo levada somente pelo emocional, tendo adquirido a capacidade de utilizar a razão e não somente a emoção como de costume.

Esse vídeo motivacional me ajudou a repensar em minhas escolhas:

E como diz Deivison Pedroza: A vida é feita de escolhas e elas podem determinar como vai ser o seu amanhã.
Por isso, é tão importante pensar em tudo que faz.
Um caminho errado pode levar você a um destino obscuro. E, muitas vezes, sem volta.
E nessa caminhada cada escolha importa.


Cada escolha importa, e a soma delas ditarão as regras de nossa vida.

Como ajuda na reflexão, deixo essa música que foi o nome do álbum do A-ha de 2012: Lifelines - A-ha, pois ela trata muito do que dissemos ao longo desse artigo, sobre nosso destino, onde o compositor reflete sobre o que faria se pudesse voltar no tempo.

Como ainda não temos esse poder, podemos planejar e repensar sobre o destino que estamos traçando para nossa vida, onde podemos levar esses conselhos para toda a vida e não apenas na juventude.

E se você pudesse se dar conselhos enquanto mais jovem, o que diria a si mesmo?

Um bom natal a todos(as) e ótimos planejamentos pessoais!

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